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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Veleiros à venda - compra compartilhada

 Veleiros à venda no Brasil


Escola de Vela Oceano - arte Kauli Lopes


Por Marcelo Visintainer Lopes
Instrutor de Vela

Cilada ou um bom negócio?

A compra compartilhada está longe de ser uma cilada. É apenas uma forma inteligente de dividir um bem que não é utilizado todos os dias.

O opção de compra neste formato vem ganhando força não só pelos inúmeros benefícios financeiros, mas principalmente pela baixíssima oferta de veleiros usados.

Nunca, em tempo algum, foi tão difícil encontrar um usadinho em bom estado.

Caiu do cavalo quem achou que os preços voltariam à realidade.

Até mesmo quem já tinha um “veleirinho pra chamar de seu” sofreu tentando trocá-lo por outro.

Quem avisa amigo é...

Antes de vender o seu é preciso encontrar o próximo e já garantir o negócio com um sinal (negócio casado). Se vender em um dia e não comprar no outro é muito provável que você fique chupando dedo.

Percebam a situação do mercado: o desespero é tão grande que o pessoal já está adquirindo barcos de regata e transformando em cruzeiro. Estão comprando mini oceanos e levando para águas completamente desabrigadas. Até as raridades de madeira estão sendo desentocadas.

Qualquer coisa que flutue está sendo vendida!

Que tempos são estes?

São tempos de compartilhar barcos!

Melhor dividir e ficar com um pedaço do que ficar sem barco, não é mesmo?

Dá até para comprar um barco mais confortável do que aquele que o seu dinheiro alcançaria.

Pense também nos elevados custos de manutenção e na baixa utilização anual...

Pensou?

A quantidade de dias de utilização anual do barco compartilhado é muito maior do que a média real de utilização e só isto já seria uma grande vantagem.

 

Conversei com a advogada Gabriela Ferreira @gabriela.ferreira.adv e pedi umas dicas. Ela possui experiência neste tipo de relação contratual e a área náutica é uma das suas especialidades.

Ela dividiu o tema em três tópicos: contrato, papel do advogado e tendência do mercado.

1.Principais cuidados no contrato

O contrato funciona como o manual das “regras do jogo”. No caso do compartilhamento de embarcações é importante que se estabeleçam regras claras, que possibilite o compartilhamento mais harmonioso possível. Nesse contrato é importante que as partes envolvidas estejam identificadas, fazendo referência à quem serão as pessoas autorizadas à conduzir a embarcação, lembrando que a pessoa deve ter a habilitação adequada para área de navegação; e como ficam os direitos dos sucessores em caso de falecimento do cotista principal. Além disso, identificar a embarcação também é importante, incluindo os acessórios obrigatórios, como por exemplo o material de salvatagem.

As questões relacionadas à propriedade em si, também devem ser objeto de cuidado, pois podem complicar a uso dos demais cotistas se ocorrer uma penhora com restrição de navegação.

2.Importância do advogado

Ter um profissional para elaborar um contrato é o ideal, pois permite a construção dos limites da responsabilidade e dos direitos entre as partes de forma a minimizar o surgimento de problemas futuros.

3.Tendência do mercado

O compartilhamento de uso de embarcações veio para ficar. O uso compartilhado é uma realidade em muitas atividades e a tendência é que muitos serviços se ajustem a essa modalidade de aquisição. Hoje existem aplicativos de celular que permitem que os agendamentos sejam realizados de forma fácil e rápida pelos cotistas, que interligados com as marinas prestam agilidade nos preparativos para as saídas com a embarcação. Acredito que mais serviços devem surgir nesse sentido, e claro, no que tange ao direito, provavelmente alguns ajustes e interpretações novas para resguardar os navegadores.

 

Voltando comigo...

Existe uma outra maneira menos formal de adquirir um veleiro que é a sociedade entre amigos.

A vantagem que vejo nesta relação é a possibilidade de velejar mais vezes no ano, pois os amigos sócios poderão convidar os outros amigos sócios para velejar fora das suas datas.

Isto já é uma realidade aqui em Floripa e entendo que esta relação poderá se transformar em uma nova tendência.

É bom lembrar que mesmo entre amigos é importante existir um documento prevendo os direitos e deveres das partes. Entendo que o ideal seria buscar um advogado para redigir um bom contrato!

Para contextualizar o tema conversei com um casal aqui da Ilha que comprou um veleiro com outros amigos e ele disse o seguinte:

A experiência está sendo ótima! Nossa amizade velejadora começou em 2017 quando fomos velejar na Croácia.

Há algum tempo vínhamos amadurecendo a ideia de termos um barco nosso.

Encontramos um em bom estado, com preço justo no mercado atual e que atenderia nossas necessidades.

Todos temos uma rotina de vida bastante atribulada, sem muito tempo livre para utilizá-lo. Mesmo assim, todas vezes que velejamos, pelo menos dois dos três sócios estavam saíram junto.

Além de dividir os custos de manutenção, marina e marinheiro, saber que o barco está sendo usado, mesmo que você não possa passa uma sensação de "não desperdício". Alguém tá usando, mesmo que não seja eu.

Outro ponto importante, todo mundo aprende com o outro e todos se ajudam. Como somos amigos, não fizemos escala de uso. Usa quem pode e quando pode e se todos puderem, melhor!

 

De um jeito ou de outro parece que o compartilhamento chegou para ficar!

Você seria um candidato?

 

Bons ventos!

 

 

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