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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Comprar um veleiro - qual a melhor hora?

 Escola de Vela Oceano Florianópolis

Cursos de Vela Oceânica

Travessias Oceânicas 

Charter de veleiro 34 pés

Por Marcelo Visintainer Lopes

Instrutor de Vela       

Escola de Vela Oceano

Pergunta difícil, ainda mais nos tempos em que vivemos.

É sabido que a compra de um veleiro não é um plano de curto prazo.

Envolve planejamento, pesquisa, paciência, convencimentos entre casa e mais uma infinidade de pequenos detalhes que fazem com que você fique tranquilamente mais de um ano olhando barcos.

Ao contrário de um veleiro as lanchas sempre foram compradas com muita facilidade com o cara batendo o olho e fechando negócio.

São muitos estaleiros no Brasil e a quantidade de lanchas novas e semi-novas é gigante. O cara bate o olho, se apaixona e compra!

Se o mercado de veleiro fosse assim seria uma maravilha, mas a realidade é outra: quase nenhum estaleiro produzindo barco novo e pouca oferta de usados.

Nossa frota fará 40 anos em breve e achar um barco inteiro requer esforço e sorte.

Nos tempos em que vivemos e com a rapidez que as coisas estão acontecendo ninguém mais está com paciência para esperar aparecer aquela “mosca branca de olhos azuis”.

A galera tá se jogando em tudo que aparece e os barcos estão sumindo do mercado.

Esta foi a mudança mais radical que o mercado de veleiros usados já passou.

A compra de um barco envolvia o namoro, depois o noivado e bem mais tarde o casamento, mas agora é do link do 5º anúncio direto para o altar!

Kkkkk

Esta é a mais pura verdade e está amparada em fatos reais!!!

Vamos direto ao assunto…

Comprar um veleiro exige muito mais do que planejamento financeiro, pois se os outros requisitos não estiverem ok você dança!

E agora? Vai fazer o que com aquele elefante branco que está parado lá na poita?

O momento da compra deve ser muito bem pensado até por que você deve descobrir primeiro se vai gostar de verdade.

Descobrir se não é só mais uma compra por impulso etc.

Antes de comprar seria aconselhável você se informar muito sobre o assunto (com quem entende).

Outro dia fiz uma postagem que falava sobre conteúdos e chamava a atenção exatamente para os cuidados que devemos ter quando acessamos qualquer coisa por aí.

Outro vez conversei com uma pessoa que estava decidida a comprar o veleiro da marca tal, com a quilha “X” (modelo específico) por que ouviu uma pessoa “X” dizer que este é o melhor veleiro e que aquele era o formato de quilha ideal.

Oi????

Ideal para qual a finalidade?

Estaleiro de fundo de quintal…

Achei aquilo bem estranho e por isto faço questão de comentar este tipo de atitude.

O mesmo pode estar ocorrendo com você neste exato momento!

Aquele modelo de avaliação técnica poderia até ser boa para alguém, mas não para o caso dele.

A pessoa compartilhou seus objetivos comigo e eu afirmei categoricamente que aquele tipo de quilha não influenciaria em nada a sua decisão de compra e que a marca “X” não atenderia a necessidade de resistência para as latitudes escolhidas para a travessia.

Velejar e conversar com pessoas reconhecidamente capacitadas reduz a curva de compra e o estresse futuro, enquanto perder tempo com aventureiros só causa confusão mental.

Experimenta primeiro. Sente o vento no rosto, conversa, experimenta de novo, sente de novo e conversa de novo.

Não tenha pressa!

Encontre um bom lugar para deixar o futuro amigo antes mesmo de começar a buscar os anúncios.

É muito comum a pessoa comprar o barco e depois descobrir que não há um lugar próximo de casa para guardar.

Barcos mantidos próximos de casa são mais usados do que barcos que ficam mais longe.

Barcos montados e que ficam dentro d’água são mais usados do que barcos que ficam desmontados e fora d’água.

Deu para entender?

Veleje em barcos diferentes e com tamanhos diferentes.

Estude, compare e converse.

Vivencie o máximo de situações possíveis antes de efetuar a compra.

Alugue um e se divirta primeiro.

Perceba se você combina com o barco e com as restrições naturais impostas pela natureza deste estilo de vida.

Busque grupos de vela e comece a fazer relacionamentos (de verdade, não virtuais).

Conheça as pessoas e veleje com elas.

Busque por associações de vela e tente se aproximar.

Faça cursos de vela!

Sim, cursos de vela são bastante esclarecedores!

Não pague um curso completo de uma só vez.

Vá fazendo módulos, pois desta maneira você tem tempo de perceber se a vontade de comprar o barco continua, aumenta ou diminui.

Vá cursando os módulos conforme seu interesse vai aumentando.

Repita os módulos já cursados (ofereço esta possibilidade) e vá aperfeiçoando seus comandos e reações.

Conheça pessoas durante o curso e faça novas amizades focadas na vela.

Você vai se surpreender com os resultados!

É muito comum um aluno comprar o barco e depois convidar os colegas para fazer parte da tripulação.

Ele se sentirá mais seguro dividindo as responsabilidades com os colegas que estão no mesmo nível técnico.

Aprenda a não tirar o olho das birutas e a saber evitar um jaibe que está pronto para ocorrer.

Aprenda a escolher o melhor tamanho de vela para a condição atual e futura.

Aprenda o que fazer quando o vento aumentar.

Aprenda o que fazer quando o motor falhar na saída, no meio ou no final da velejada.

Aprenda tudo sobre as suas reações e sobre os seus bloqueios e crenças limitantes antes de colocar seus familiares e amigos nessa empreitada com você.

E por último fica a minha dica do dia: não coloque sua família a bordo antes de ter total domínio sobre o leme e sobre todas as manobras involuntárias que podem ocorrer por distração sua.

Um abraço e bons ventos!


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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Habilitações da Marinha - preciso carteira para velejar?

 Escola de Vela Oceano - Florianópolis

Cursos de Vela Oceânica

Travessias Oceânicas

Charter de veleiro 34 pés

Imagem: Escola de Vela Oceano - preciso habilitação para velejar?


Por Marcelo Visintainer Lopes

Instrutor de Vela       

Escola de Vela Oceano


A habilitação da Marinha é um dos assuntos que mais gera dúvidas nas pessoas que estão iniciando na vela e por isto decidi jogar luz sobre o tema.

A habilitação é obrigatória se você comandar seu próprio veleiro ou se pretender alugar um (sem marinheiro habilitado).

Para “aprender a velejar” não é necessário estar habilitado, pois a pessoa habilitada é o próprio instrutor/comandante.

Alguns conceitos importantes contidos na Portaria DPC nº 101 de 16/12/2003:

– Comandante é o tripulante que comanda a embarcação e é o responsável por tudo o que diz respeito à ela, por seus tripulantes e pelas demais pessoas a bordo.

– Quando navegando em mar aberto, não é obrigatório que o timoneiro seja habilitado, desde que o Comandante ou seu preposto habilitado permaneça junto ao timoneiro e atento à manobra.

– Timoneiro não é necessariamente o Comandante da embarcação e sim o tripulante que manobra o leme da embarcação por ordem e responsabilidade do Comandante.

– Tripulante é todo amador ou profissional que exerce funções, embarcado, na operação da embarcação.

– O tripulante não necessita ser habilitado, desde que suas funções a bordo não o exijam.

– Passageiro é todo aquele que é transportado pela embarcação sem estar prestando serviço a bordo.

Recebo a bordo muitas pessoas que fizeram habilitação no passado, pois julgaram que seria útil algum dia.

Como a validade das carteiras é de 10 anos eu sempre aconselho que deixem a carteira para o futuro, pois vejo um bocado de gente que perde a validade sem nunca ter velejado.

Velejou, gostou, vai comprar ou alugar?

Aí sim!

As habilitações para pilotar embarcações de esporte e/ou recreio (não profissionais) são divididas (por ordem) em 3 categorias: Arrais, Mestre e Capitão.

A idade mínima para a obtenção de qualquer uma das três habilitações é de 18 anos.

O Arrais Amador é a pessoa habilitada a conduzir uma embarcação (vela e motor) dentro dos seguintes limites:

-Navegação Interior 1 – realizada em águas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que não apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações.

-Navegação Interior 2 – realizada em águas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais, tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das embarcações.

Para realizar o exame você precisa apresentar o “atestado de embarque” (6 horas de aula prática).

Para as habilitações de  Mestre e Capitão não é necessário apresentar nenhum tipo de atestado.

Você estuda e realiza o exame sem depender de nenhuma escola náutica.

O Mestre Amador é a pessoa habilitada a conduzir uma embarcação (vela e motor) dentro dos limites da “navegação costeira” (realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do limite da visibilidade da costa – até 20 milhas).

O Capitão Amador é a pessoa habilitada a conduzir uma embarcação (vela e motor) nas áreas de navegação oceânica (além das 20 milhas da costa e sem restrições – entre portos nacionais e estrangeiros sem outros limites estabelecidos).

Os exames de Arrais e Mestre costumam ser realizados semanalmente enquanto o Capitão é realizado apenas duas vezes por ano (normalmente em abril e outubro).

O valor da taxa de exame para qualquer uma das três habilitações é de R$ 42,00.

Um abraço e bons ventos!


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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Travessia Oceânica em Floripa - 2ª edição dias 11, 12 e 13 de dezembro

 Escola de Vela Oceano Florianópolis

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 1

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 2

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 3

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 4

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 5

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 6

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 7

Escola de Vela Oceano - Travessias Oceânicas 8


 

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Velejar em Floripa - Aprender em dois dias? Mito ou verdade?

Aprender a velejar em dois dias?

Leia isto!

 

Por Marcelo Visintainer Lopes

Instrutor de Vela

Escola de Vela Oceano



Foto: Oceano VI e Atixba - os irmãos Wind 34' por Andreas (Atixba)

 

Como assim aprender a velejar em apenas um final de semana?

Tem gente que acredita nisto e se joga de cabeça, mas confesso que fico preocupado com este imediatismo.

Fico pensando como isto seria possível, já que os conteúdos mínimos demandam tempo de treino e repetição.

Você pode até cursar um módulo de um curso, mas um “curso completo” é humanamente impossível.

Em um treinamento de 16 horas - 100% prático, objetivo, dinâmico e pedagogicamente eficaz eu consigo ensinar os movimentos de orçar e arribar, aproar e desaproar, trimar as velas, cambar e mais uma ou duas coisas básicas.

Se começar a colocar muita informação e conteúdo as 16 horas já não dão conta.

Um final de semana de imersão focada em resultado é capaz de produzir aprendizado de fato, mas de apenas meia dúzia de conceitos.

Eu trabalho a muitos anos com carga horária mínima de 70 horas para as turmas de final de semana e estou sempre pensando em aumentar este número em função da crescente demanda por travessias mais longas.

Antigamente os novos velejadores ficavam em volta dos clubes e marinas, mas hoje em dia querem velejar cada vez mais para longe.

Ontem (28 de outubro) eu completei 52 anos e dediquei parte do meu dia para enriquecer este texto.

Busquei no passado as lembranças das coisas que aprendi e das pessoas que foram importantes para o meu crescimento profissional na vela.

Eu vivo em cima de barcos a 46 anos e pensei que talvez fosse bom eu falar sobre aprender com pessoas que possuam mais experiência que a gente.

O viver a bordo permite que aprendamos coisas novas todos os dias.

Nosso universo marinheiro é muito rico e complexo e creio que seria necessário viver uns 200 anos para chegarmos na metade do caminho.

Reconhecer que você ainda não sabe tudo é uma tarefa desafiadora para os mais teimosos.

Estar disposto a aprender e trocar informação todos os dias é o que me move como velejador e profissional do ensino.

Embora a pessoa possa achar que já conhece tudo, lá do outro lado existe um milhão de coisas que ela nem desconfia que possam existir.

Se cada velejador pudesse compartilhar suas experiências com outros seria fantástico, mas isso não é normal.

Costumamos guardar tudo o que aprendemos em um cofre e quando partimos tudo o que aprendemos desaparece com a gente.

Meu objetivo profissional é seguir aprendendo e transbordando conteúdo sem restrições.

Vim de uma época que quem sabia guardava para si, pois era o diferencial competitivo nas raias.

Hoje em dia os moleques do Optimist estão anos luz na frente da minha geração, pois seus técnicos ensinam tudo o que sabem.

Temos uma geração absurdamente fantástica de treinadores e meu sonho é que alguns deles possam se dedicar à carreira de instrutor/empreendedor e tocar suas próprias escolas.

Neste universo complexo, adquirir conhecimento relâmpago de dois dias e sair com a sua família em segurança é pura imprudência.

Fuja do imediatismo e tenha paciência!

O aprendizado da vela exige tempo, dedicação e muito empenho da sua parte.

O processo de aprendizado em um veleiro consiste em observar, processar a informação, fazer, errar, corrigir o erro, repetir, corrigir e repetir.

Para que tudo saia dentro da normalidade eu costumo utilizar a carga horária de 70 horas.

Faço isto a 33 anos e percebo que este é o mínimo aceitável para que turmas de até seis alunos tenham um início seguro na vela.

Obviamente existem centenas e centenas de conteúdos extras para você se tornar um velejador de travessias oceânicas, mas estou falando apenas do “curso de iniciação à vela”.

Seria impossível uma pessoa normal assimilar todos os conteúdos básicos de uma só vez e é por esta razão que dividimos o curso em módulos.

Por razões de logística e com o período de férias cada vez mais curto eu desenvolvi uma outra modalidade de curso que permite que alunos de outros estados e até de fora do país possam aprender a velejar de forma intensiva.

São 7 dias corridos de aula individual, totalmente prática e voltada para performance.

Diferente dos cursos de final de semana, o “Personal Sailing” permite que eu atenda todas as necessidades e objetivos específicos do aluno.

Eu fiz uma relação das coisas que eu ensino no curso de iniciação para você ter uma noção da complexidade dos temas.

Depois de ler o conteúdo você vai tirar suas próprias dúvidas...

Veja se existe alguma possibilidade de alguém aprender a velejar em dois dias.

 

Módulo 1: regras básicas de segurança, checklist inicial, cabos envolvidos na manobra com as velas, manobras de poita, subir e baixar a vela grande, abrir e fechar a genoa, ajuste das velas, orçar e arribar, aproar e desaproar, posições do barco em relação ao vento, introdução ao contravento, cambada, dois nós básicos e nomenclatura específica do módulo.

Módulo 2: checklist intermediário, regras avançadas de segurança, fundear e suspender, técnicas de contravento (birutas), uso da bússola, jaibe, regulagens básicas de perfil, manobras em marcha a ré, mais dois nós básicos, nomenclatura específica do módulo, RIPEAM I.

Módulo 3: checklist avançado, carta náutica (plano de navegação), rizo da vela grande, troca da genoa, técnicas de contravento e de popa em condições duras, asa de pomba, manobras de ré feitas à vela, dois nós intermediários, nomenclatura específica do módulo e RIPEAM II.

Módulo 4: checklist avançado II, plotagens de posição, fenômenos meteorológicos e microclima do norte da Ilha de Florianópolis, GPS fixo e aplicativo Navionic’s, revisão e regulagens da mastreação, técnicas de desencalhe, manobra de “Homem ao Mar”, técnicas de manobra para condições duras, atracação, equipamentos de segurança para

nomenclatura específica do módulo e RIPEAM III.




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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Curso de Vela Oceânica Floripa - diminuindo o tamanho da vela grande

 Melhor rizar errado ou não rizar?

"Rizar a vela significa diminuir o seu tamanho"



Foto: Veleiro escola Oceano VI velejando em Floripa

  

Por Marcelo Visintainer Lopes

Instrutor de Vela

Escola de Vela Oceano

 

Qual a melhor hora para rizar a vela grande?

Você espera o leme pesar e a situação piorar ou logo alivia a pressão?

Cada barco possui o seu grau particular de tolerância ao vento, mas em geral os ventos acima de 20 nós começam a produzir adernações menos controladas e alguma perda do leme (perder o controle).

Velejadores mais conservadores preferem se antecipar e rizar a vela mais cedo e bem antes da entrada do vento.

Muitos deles rizam a vela antes de anoitecer, pois realizar manobras com a luz do dia é bem mais seguro e prudente do que esperar a noite cair.

Ah, mas e a velocidade?

Tá com pressa de que?

Perder um pouco de velocidade faz muito mais sentido do que perder um tripulante em uma manobra noturna com mar ruim.

Velejadores mais experientes e menos conservadores vão empurrando com a barriga até mais próximo da entrada do vento e até minutos antes dele entrar.

Estes mesmos velejadores não costumam rizar preventivamente ao anoitecer, pois devem estar com a previsão de vento bem acertada.

Não importa se você está no primeiro ou no segundo caso, já que o mais importante é ter conhecimento sobre o barco, sobre a capacidade da tripulação e sobre a sua própria capacidade técnica de fazer as coisas certas na hora certa.

Conheço um terceiro perfil que já sai da marina com a vela rizada independente da velocidade do vento, não importando se sopra com 10 ou com 40 nós.

Casos extremos assim podem estar ligados a alguma experiência anterior ruim, excesso de zelo, medo ou até mesmo pela necessidade de diminuir o peso do leme por causa da tendência exagerada de orça (causada pelo excessivo caimento do mastro para trás). 

Neste último caso a pessoa se vê obrigada a velejar com menos vela grande, enquanto o correto seria ela reposicionar o mastro mais em pé.

Meu conteúdo de hoje visa demonstrar o passo a passo do rizo para que você consiga atingir a perfeição na manobra e para que o sistema funcione com 100% de eficácia.

O mais importante antes de iniciar o assunto é lembrar que os cabos do rizo devem estar sempre prontos para o uso (passados na vela), pois não há como passá-los depois que a vela for içada.

Para conseguir passar o cabo com a vela para cima você teria que subir na retranca e caminhar até a ponta para fazê-lo.

Esquece isso!!

Baixar a vela e passar o cabo é a solução mais segura neste caso, mas o ideal seria nem ter subido a vela sem ter passado os cabos...

A vela apresenta linhas horizontais de ilhóses pequenos com argolas ou olhéus (ilhós grande) nas extremidades da testa e da valuma.

Cada linha destas representa uma “forra de rizo”.

A primeira forra é a mais de baixo (próxima da retranca).

A segunda fica logo acima e a terceira mais acima ainda.

Caba barco possui um número de forras de rizo diferente, mas o mais comum é duas forras.

Cada forra de rizo deverá possuir seu próprio cabo.

Os cabos são controlados através dos stoppers ou diretamente por baixo da retranca, junto ao garlindéu.

Eles passam por dentro da retranca (mais comum) e lá na ponta eles saem pelas roldanas.

Das roldanas toma o rumo dos olhéus da valuma e depois voltam para a retranca (amarração em torno dela).

Antigamente não tínhamos o lazyjack e o procedimento era mais fácil de ser visualizado.

O lazyjack esconde tudo o que está ali atrás e é justamente nesta área que devemos manter nossa atenção.

Depois de baixar o lazyjack verifique a posição/ajuste da amarração dos cabos de rizo junto à retranca.

A preparação da manobra é executada com mais facilidade se o barco estiver velejando no contravento, já que a retranca estará em cima do convés.

A atenção na posição da amarração na retranca é em função do quanto vamos precisar esticar a esteira.

Se a velejada for de contravento é vital que você consiga esticar ao ponto de deixá-la como uma tábua (sem curva).

Neste caso você deverá correr o nó da retranca para além da vertical do olhéu do rizo (em direção à popa).

De 10 a 15 cm mais para trás que o olhéu serão suficientes para tirar a curva da vela.

Se a velejada for de popa. o ponto do nó na retranca pode fica bem na vertical do olhéu, deixando a esteira com um pouco mais de curva.

Se o rizo for mal executado e a esteira permanecer muito gorda (para contravento), repita a operação correndo o nó mais para trás.

Sempre que assisto vídeos de velejadas de vento forte eu costumo prestar muita atenção na situação da vela junto à retranca.

É justamente ali que identifico um rizo mal executado.

Já vi de tudo o que foi coisa, mas o erro mais comum é o cabo sair da roldana da ponta da retranca e ser amarrado diretamente no olhéu.

Já vi também o cabo saindo da roldana, passando pelo olhéu do rizo e retornando para a ponta da retranca (para a alça do amantilho).

Quando um rizo é bem executado o olhéu do punho deverá ficar a poucos centímetros da retranca (2 a 5 cm no máximo).

A função da passada do cabo pelo olhéu e depois a descida para contornar a retranca na “vertical atrasada” (em direção à popa) serve para fazer a retranca subir até a altura do olhéu (sem ficar caída na diagonal) e para distribuir, de maneira mais harmônica, os esforços sofridos pelo punho de escota (punho do rizo).

Nas outras duas situações, todo o esforço sobre o punho será aplicado na diagonal, sem a devida distribuição das forças.

A aplicação desta força “diagonal” produz uma ruga permanente e leva à deformação do perfil na parte inferior da vela.

Alguns barcos mais antigos possuem uma alça específica para amarração do cabo junto à retranca e os mais modernos já exigem uma amarração em torno dela.

A amarração é feita com o “Nó de Rizo” ou com o Lais de Guia de correr (o nó é dado em volta do cabo que desce do olhéu).

Os dois nós possuem a mesma função de gerar aperto em volta da retranca quando o cabo é esticado.

Duas voltas de cabo em volta da retranca são mais eficazes do que apenas uma, pois elas aumentam o atrito e diminuem a chance do cabo correr para vante quando caçado.

 

Observações importantes:

- Se você estiver navegando no contravento inicie o procedimento somente após a vela panejar por inteiro. A panejada alivia toda a pressão do vento sobre o procedimento.

- Se estiver navegando com vento de popa ou través será necessário velejar no contravento para que ocorra a panejada.

- Barcos com lazyjack devem iniciar o procedimento arriando o lado de barlavento da capa a fim de visualizar/corrigir o posicionamento do cabo ou uma beliscada na vela.

- Antes de iniciar o procedimento avalie todos os cabos envolvidos, as fixações junto ao garlindéu (gancho do rizo), os moitões de desvio no pé de mastro e também os nós.

- Depois de tudo conferido, faça uma revisão do passo a passo com a sua tripulação e também defina as funções (quem vai fazer o que e como).

- Realizar o rizo utilizando a genoa é estratégico, já que ela ajuda no equilíbrio do barco.

 

Passo a passo:

 

1.Folgar o burro.

O burro caçado impede que a manobra do rizo seja executada com perfeição, pois ele não deixa que a retranca alcance o olhéu do rizo no punho da valuma.

2.Folgar a escota do grande até ela panejar por inteiro.

3.Liberar a adriça até que a argola do primeiro rizo chegue na altura do gancho do garlindéu.

4.Fixar a argola no gancho.

5.Esticar a adriça até aparecer rugas verticais bem destacadas na testa.

6.Caçar o cabo do rizo até a vela ficar plana (curva zero no contravento e mais curva no popa).

7. Verificar se a vela não ficou “mordida/beliscada” junto à retranca.

Se estiver mordida, libere imediatamente o cabo do rizo até desfazer e depois cace novamente.

8.Caçar a escota para colocar a vela em funcionamento.

9.Regular o burro novamente.

10.Subir o lazyjack.

 

Se você preferir utilizar o motor ao invés da genoa, também dá, porém em dias de ondas maiores eu aconselho a usar também a genoa para ajudar no equilíbrio.

Abrindo a genoa e fazendo-a funcionar com certa pressão diminuiremos o balanço lateral e o risco de algum tripulante cair na água.

Um rizo bem feito deixa a vela parecendo uma tábua, mas não se assuste...

A curva irá aparecer assim que o vento enfunar a vela.

Depois de se apropriar deste conteúdo você nunca mais vai cometer erros!

Se achou complicado faça um checklist e deixe-o na mão!

Bons ventos!


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