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sábado, 27 de agosto de 2022

Cuide bem do seu veleiro - Parte 1 Velas

  

Escola de Vela Oceano – detalhe da vela grande no mastro


Por Marcelo Visintainer Lopes

Escola de Vela Oceano


Iniciamos hoje a série “CUIDE BEM DO SEU VELEIRO” e o primeiro tema é sobre as VELAS.

Embora possam parecer indestrutíveis, as velas sofrem muito com  o uso constante e com ação da natureza.

Os materiais utilizados na sua confecção são muito resistentes no início, mas após alguns anos de uso eles perdem a resistência.

As velas exigem atenção e cuidados constantes. Sinais de rasgos, furos ou descosturas devem ser prontamente reparados de forma a evitar estragos maiores logo ali na frente.

Existem adesivos específicos para o conserto rápido, mas sempre que possível devemos levá-la até uma veleria.

Uma das maneiras de evitar o desgaste precoce é impedir (ou pelo menos tentar impedir) a panejada da valuma.

Se compararmos o tecido da valuma e da testa dá pra entender o que eu estou falando. Ao tocar no tecido da testa dá pra perceber que o tecido está quase novo em relação à valuma. Ele fica mais macio e com muitas “estrias”.

As estrias são pontos onde o tecido “quebrou” e é ali que a vela vai rasgar no futuro.


O SOL

Os raios UV queimam o tecido e a linha de costura, levando ao envelhecimento e à descostura.

Quando estamos velejando não temos como evitar o sol, mas quando parados, a capa da vela e a proteção da valuma da genoa nunca devem ser dispensadas. 


O SAL

O sal retém água, ajuda a produzir o mofo leva ao apodrecimento do tecido e da linha.

Antes do lazyjack e do enrolador de genoa serem inventados as velas eram montadas e desmontadas a cada velejada.

Tínhamos um cuidado enorme com elas.

Água doce, secas na sombra e depois guardadas enroladas.

Era bem comum uma vela durar mais de 10 anos.


Falando em lazyjack…

Duas dicas:

1. Abra-o e deixe a vela arejar sempre que possível, ainda mais após os períodos de chuva. Se puder subir a vela, melhor ainda…

2. Ao baixar a vela, acomode as dobras de maneira que o tecido quebre o mínimo possível. Basta puxar toda a vela pela valuma em direção à ponta da retranca. Faça isto em todas as dobras da vela. Comece pela ponta da retranca e vá acomodando a vela até chegar no mastro.

3. Telas costuradas no fundo do lazy ajudam a arejar a vela.


PONTOS DE ATENÇÃO NA VELA GRANDE

Existem alguns pontos da mastreação que apresentam contato direto com o tecido e apresentam maior chance de danificar a vela.

1. Pontas das cruzetas (furos e rasgos por fricção).

Como evitar? Colocar proteção nas pontas das cruzetas e reforços de tecido no local de contato.

2. Ganchos dos rizos no garlindéu – a vela pode trancar na subida e rasgar.

Como evitar? Afastar todas as dobras da testa dos ganchos antes de subir a vela.

3. Junto ao nó de rizo na retranca. Os pontos de rizo podem vincar e rasgar a vela quando o rizo é caçado.

Como evitar? Baixar o lado de barlavento do lazyjack e visualizar o que está ocorrendo com a vela durante o processo de rizo. Enquanto o cabo do rizo vai sendo caçado a vela deve ser acomodada aos poucos por baixo do cabo. Se mascar a vela, folgue um pouco e safe o tecido.

4. Na ponta das bolsas de tala junto ao estai de popa. O contato constatante vai puindo o tecido e danificando as costuras.

Como evitar? Costurando reforços de couro na ponta da bolsa de tala que faz o contato, cortando um pedacinho da tala (às vezes é a tala que está saindo pra fora da bolsa), folgando o estai de popa durante as cambadas ou utilizando a talinha de fibra no tope do mastro (afasta o estai de popa da valuma).


PONTOS DE ATENÇÃO NA GENOA

1. Nas pontas das cruzetas.

2. Nos estais laterais.

3. No púlpito de proa.

4. No cabo de aço do guarda mancebo.

5. Nas cupilhas e contra pinos do cabo de aço do guarda mancebo.

6. No mastro.

7. Na luz de cruzeta.

8. Nas antenas de radar e similares.

9. Nas emendas do perfil do enrolador.

10. No segundo estai junto à proa (baby ou estai volante).

O que fazer ou como evitar?

O ideal é que a vela não tivesse contato com nenhum tipo de material que pudesse danificá-la, mas na genoa isto é praticamente impossível.

O jeito é colocar proteção em todos os pontos de contato (tanto na vela quanto nos pontos mais agudos).

As bujas de punho alto não entram em contato com a maioria destes pontos e sempre apresentam uma durabilidade superior.


Limpeza:

Pequenas manchas de mofo podem ser retiradas com água, sabão líquido neutro e esponja (amarela).

Nunca esqueça de secar (preferencialmente na sombra).

Casos mais severos podem utilizar solução de água sanitária a 10% com esponja. Lave em seguida.

Pequenas manchas de ferrugem podem ser retiradas com “Semorin Tira Ferrugem”. Aplique água e sabão neutro em abundância logo após a aplicação do produto.

O Semorin deve ser aplicado com luvas de borracha, pois ele queima a mão.


Bons ventos!





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terça-feira, 23 de agosto de 2022

Escola de Vela Oceânica Floripa - velejadas de 15 a 21 ago

 Por Marcelo Visintainer Lopes

Escola de Vela Oceano


Atividades da Escola Oceano na semana de 15 a 21 de agosto.

Charter com instrução de vela e pernoite a bordo + módulo 2 de vela oceânica.


Escola de Vela Oceano Floripa
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sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Ancoragem de veleiros - rápida x pernoite

 

Escola de Vela Oceano Florianópolis – ancoragens


Ancoragem Rápida X Ancoragem de Pernoite


Por Marcelo Visintainer Lopes

Instrutor de Vela

Escola de Vela Oceano


Existe alguma diferença entre uma ancoragem rápida e uma ancoragem de pernoite?

Tirando a quantidade de amarra, não existe diferença!

Nas ancoragens de pernoite costumamos dar um pouco mais de amarra do que nas ancoragens rápidas, mas a escolha deste tema foi pensando na galera que não tem guincho.

Quem utiliza o guincho não está preocupado em fazer força, mas quem não usa está!

O cara pensa mil vezes antes de lançar um ferro mais pesado, não é mesmo?

Depois, tem até sorteio do “palitinho” pra saber quem é o sortudo que vai lá na proa suspender aquela encrenca pesada!! Rsrsrsrs

Como a gente sabe que o guincho pode deixar de funcionar sem dar avisos, aprender a fundear e suspender manualmente é um requisito básico.

Faz total sentido a gente manter a bordo âncoras com pesos distintos.

Analisamos o tempo de permanência, o tipo de fundo a meteorologia e depois escolhemos a âncora.

Estou sempre pronto para lançar a minha “gigante” Bruce de 5Kg.

Eu a utilizo nas ancoragens de curta duração (paradas para almoço por exemplo).

É leve e extremamente fácil de lançar e de suspender manualmente, principalmente depois de encher a barriga.

Não uso corrente e nem destorcedor. Somente cabo de 12mm com manilha de inox.

Lembrando que o veleiro é um Wind 34”.

Não se espante, pois a pequena é muito eficaz!

Como pode um ferrinho tão pequeno segurar um barco tão grande e pesado?

Já passei diversas noites com ela, mas sempre em locais com fundo confiável e sempre soltando uma quantidade de amarra maior do que o normal.

A confiança no peso e no tipo só é adquirida depois de muitas ancoragens teste.

No passado os ferros não eram polivalentes como hoje. Eram bons para alguns tipos de fundo e péssimos para outros.

Não conseguir unhar o ferro significa que você vai ter que procurar outra baia com um fundo mais amigável ou, na pior das hipóteses, seguir viagem ou aquartelar lá fora.

Na Ilha de Santa Catarina e arredores (pernoite) e em fundos mais arenosos eu utilizo a Bruce de 12kg com apenas 4m de corrente de inox.

Não utilizo 100% corrente pelo motivo de eu não usar o guincho. Trata-se de um veleiro escola e faço questão de ensinar a galera a fundear e suspender manualmente.

A verdade é que não existe razão para perder o sono se todas as provas de “unhada” foram feitas e se a previsão estiver ok para a noite toda.

Por outro lado, quando mudanças significativas são previstas para o seu período de fundeio, a preparação prévia é fundamental.

Devemos iniciar a “observação” algumas horas antes do horário previsto para a virada, já que é muito comum a instabilidade adiantar.

Não subestimar a força, a direção e o horário de entrada são itens básicos para evitar surpresas.

A força local dos ventos depende de fatores que nem mesmo os meteorologistas conseguem prever.

Relevo, inclinação e altitude das montanhas, estrangulamentos (Efeito Venturi), grandes diferenças de temperatura, pressão atmosférica, construções e até mesmo árvores mais altas podem influenciar os ventos que chegam no ponto de ancoragem.

Conhecer os padrões do fluxo de vento das principais ancoragens é imprescindível, mas mesmo assim é necessário estar preparado sair a qualquer momento.

Ter o plano de saída pronto é um procedimento básico!


Como é feito este plano?

Faça um ensaio mental da manobra de saída. Desenhe e mostre aos seus tripulantes. Explique tudo e não os deixe com dúvidas.

Situações noturnas exigem que os rumos da saída estejam claros e anotados, ainda mais em áreas com cultivo de moluscos e em locais com muitas poitas e acidentes naturais.


Aguardando a viração…

Mesmo que a previsão indique a virada do vento para às 6h da manhã, a observação deve iniciar a partir das 18h do dia anterior (12 horas antes).

Sim, 12 horas antes.

Estamos entrando no “estado de observação: ative o alarme de âncora e siga controlando qualquer mudança de direção e intensidade.

Seis horas antes já passamos para “estado de atenção”. Coloque despertador de hora em hora a partir das 00h e organize os turnos de vigia.

O motor deve ser checado e colocado em funcionamento “pelo menos uma vez” dentro das seis horas que antecedem a entrada do vento.

Ao perceber alguma falha ainda será possível sair do local velejando antes da entrada do vento forte.

O ideal seria você sair deste local muito antes da entrada da porranca, mas isto nem sempre é possível, ainda mais quando não existem outros abrigos próximos.

Sair para o mar aberto e “correr com o tempo” para longe de perigos continua sendo uma atitude sensata em alguns casos!


Ancoragem é coisa séria e deve sempre ser treinada!


Bons ventos e uma boa ancoragem!





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terça-feira, 9 de agosto de 2022

Curso de veleiro em Floripa - semana de 3 a 7 de agosto

 Aulas de vela em Floripa ocorridas na semana de 3 a 7 de agosto.


Por Marcelo Visintainer Lopes

Escola de Vela Oceano


Resumo das velejadas da semana de 3 a 7 de agosto.

Personal Sailing, Charter com Instrução e Módulo 1 de final de semana.


Escola de Vela Oceano Florianópolis
Escola de Vela Oceano Florianópolis
Escola de Vela Oceano Florianópolis – Ilha de Anhatomirim
Escola de Vela Oceano – Veleiro de bandeira estrangeira em Santo Antônio
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Escola de Vela Oceano – Por @atixba.sailing
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